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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

APARÊNCIAS


De que serve conviver só de aparências
Esquecendo que a essência se perde.
 Atolado num lamaçal de enganos
Necessita de limites para não sufocar o íntimo
Duas vidas exprimidas num argumento rotulado
Trocadas por exterioridades
Objetos espalhados nas residências
Subterfúgio de amostras para uma sociedade
Tudo vai se perdendo onde o troféu é conquistar
Corações endurecidos pelo egoísmo do Ter e Querer...
Abrindo mão do essencial
Avarentos com suas roupas distribuídas nos closes
Adornos invejáveis para a grande disputa
Fotos em páginas de jornal
Aparências misturadas à hipocrisia
Utilizam as cores de um camaleão
Nas vitrines do antagonismo
Perde o encantamento dos nobres sentimentos
Continuando a viver de meras aparências...
Consentindo o coração fragmentar-se em ruínas...






DESESPERANÇA


Esvaneci as emoções habituais dos sinais do querer
Não é palpável dentro dos limites do que o coração sonha
Contorna somente uma sensação de vazio
 Espaços alvejados, uma incógnita.
Palavras detêm em resposta sem definição
Com a mesma força percebe-se a fraqueza da linguagem
Desconexos de uma história que não findou
Nem há como concluir...
Paradas bruscas prendendo o que se sente
Deixando a saudade bater forte
Ressentida em lágrimas escorrendo
Olhando pra vida...
Preenchendo lentamente o vácuo entre estes espaços
Sensibilidade aflorada de uma espera
Buscando em ti um abrigo, onde foi um refúgio.
Diluídas aos poucos pelo tempo que se afasta
Sem mais ambicionar pela volta, dos teus abraços.




Impossível esquecer-te


Toques que na pele deixastes
Sutis e apimentadas sensações de frescor
Cada palmo tocado de meu corpo
Vertiam suores de prazer
Dedos a tocar qual leveza de uma pluma
Lábios a roçar e a pele eclodindo bel-prazeres
Dois cisnes dançando no lago do amor
Conduzias a pronúncia dos verbos
Espalhando por todo ambiente um bem querer
Impossível esquecer-te
Sinto no apalpar de meu corpo
A pele eriçar de saudades
Palavras não mais ditas
 Recordadas em lampejos
 Procurando por teus beijos




Abri o coração


Tracei um roteiro de aventuras
Abri o coração
Deixando os trilhos aparecerem
Seguindo estradas meio aos arbustos
Admirar as gaivotas em plenos voos sobre o mar
Deixar a luz inundar
Os pulmões encherem-se de oxigênio
Trilhar caminho meio ao deserto ou civilizado
Contrastes de vidas espalhadas
Vividas e revividas uma trajetória de histórias
Voltando qual um espectro
Liberta dos sobressaltos e inquietações
Se caso eu parar entre os trilhos e nada ver
Haverá um contentamento
Rasguei o peito e deixei a luz penetrar
Sendo um pouco de ternura
Dedicando meu ombro amigo
Á um coração a chorar...



Pintura Omissa



Não quero ser uma tela em pintura a óleo
Guardada em teu coração como saudades
Sente e pressentes a minha presença em teus dias
Sou um vulto do amor que te cuida
Guardaste-me para seguir os teus passos
Escutando as batidas descompassadas do teu coração
Carinho são trocados em pensamentos
Acarinhas meus cabelos nesta projeção refletida
Cobres meu corpo nas carícias mais sinceras
Deixando eu guardada, presa em forma de estigma.
Pintor retratando dois corpos encaixados na beleza
Prende esta tela, ao menos numa parede
Onde ao deitar possas lembrar que fomos entrega
Retira dentro de ti sons que relembram nossos momentos
Do desejar ao ato consumado
Não quero ser esta pintura, e sim teu grande amor...
Nos teus lábios ser mel, e no teu corpo ardor...


INSTANTES OU DISTANTES


Instantes ou distantes há recordações, somos em fração de segundos um túnel do tempo.
 Colocamos na máquina todos os apetrechos para ir pra trás, para frente e saber o que vem à frente...
Curiosidades nos deixam a mil, tem tantas e tantas outras coisas a fazer, mas quando envolve o que deixamos lá num canto esquecido queremos voltar para pegar.
Têm-se a necessidade ou é plena curiosidade de reviver...
O que é o presente senão um presente do tempo a se viver, e o que se passa lá na frente... Só o futuro pertence...
Apressados em passos largos fazemos de nosso nos dias, de nossas horas, um relógio com a corda toda.
Parar e repensar se vale toda a correria e se há cansaço, permitir-se aproveitar mais, sentir o que não se sente, andar descalços em um jardim da cidade sem vergonha dos sapatos serem carregados nas mãos.
 Abraçar uma árvore sentir sua energia a troca será um absorver com toda força retirando as nossas sobrecargas.
Sejamos mais lentos, corremos e o tempo corre junto. Os anos não limitam e nem atrasam seus relógios.
Dance um compasso que não canse, onde a música embala os sonhos nos arvoredos que nossos pensamentos criam, formando uma floresta vasta de encantamentos. Somos unos e desta forma cada qual com seus limites, ou percalços que não permitem ir além, ou correr atrás. Será uma inércia ou falta de coragem de mergulhar num mar de ondas gigantes com medo de afagar-se.
Fechar os olhos é cegueira com visão.
Fechar os braços é renegar um abraço.
Fechar as mãos é deixar de socorrer um irmão.
Que no túnel do tempo, a máquina que entraremos nos transporte ao mundo das gratidões, do afago, do sorriso, do desapego e de todas as aflições...





RÉU CONFESSO


O tempo passou...  De longe um olhar apreciava
Sem possibilidades para uma percepção de encontrar os olhos da amada
Alimentava-se de esperanças e vestia-se de juramentos
Para um dia quem sabe... Os sonhos realizarem em saltos de alegria
Réu confesso de suas mais secretas emoções e indagações
Períodos de uma doce lembrança que vagavam num passado
Desatou suas amarras e veio de mansinho, qual menino.
Pedindo um abrigo no corpo fadigado pela espera.
Palavras ditas e sentidas no amago das profundas emoções dos instantes de declarações
Perplexidades juntaram-se em perguntas e respostas
Fluindo qual tempo que parou num espaço sem perder as horas
Cobrindo todo querer com as carícias que sonhava
Do corpo a encaixar-se ao seu
Fazendo dos instantes de inúmeras lembranças
Eterno tatear dos sentidos vividos
Calando-se em palavras intercalados entre beijos apaixonados
Entrelaçando duas vidas em uma
Recolhendo e distribuindo a saudade sem ser solitário
Guardando no interior de suas recordações
Um acalento para um coração sonhador e realizado
Dos sonhos de um passado...



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Uma bagagem mais leve...


Mulher gosta de maquiagem, levarei.
Surgindo com um semblante com cores dos arcos-celestes
Uma luz que permita que eu peregrine em noites escuras
Iluminado escuridões em labirintos...
Com a bagagem mais leve iniciarei um longo caminho
Não posso dizer que não pesará... Desapegar não é tarefa fácil
Constante policialmente de nossos atos
Reflexo no espelho do caráter
Desfigurar a imagem não é premissa
Retirar aos poucos tudo que for inútil
Sem olhar para trás... Lamentar não é o caso
Sorrir e alegrar-se diante da obrigação
Levar de preferência um livro na mão
Roteiro de esperança pronunciada em oração.











Labaredas de sentimentos inúteis


Prendia dentro de mim
Labaredas de sentimentos inúteis
Remoíam e trituravam, contorcendo em dores.
Pensamentos vindos dos ulteriores
Absorvidos sem despertar de atitudes
Abrigando em meu peito e ferindo a alma
Desnorteando os rumos
Cuspi ao longe as flamas de fogo
Deixando dissipar-se ao longe
Findando em cinzas espalhando-se nos mares e rios
Levadas e lavadas desbotando os tons acinzentados
Padecido em desordens por meros pensamentos negativos
Soltei todas as amarguras, substituindo pela ternura.
Avançando a apiedar-se num só querer
Sensação de alívio, qual lago refletindo.
Limpidamente um semblante modificado
Da iniciativa de expulsar o fogo necessário...





Um barco a deriva...


Guio-me pelo farol onde a luz tênue não direciona os meus desejos
Perdida sem bússola não sabe atracar em um cais ou porto
A noite cai fria e circunspecta
Nesta vastidão de mar perco-me sem me encontrar
Um lugar ou um abrigo perfeito para os dias inabitados
Há momentos que não há farol, nem mar...
Somente um barco a navegar
Rumos sem direção, nem capitão.
Está a deriva de um despertar do que tem que ser ou será...
Volto e retorna para terra firme
Olho de longe o destino
Ele é... O que somos e escolhemos
Qual farol a iluminar os navegadores
Com seus barcos e remos...




Lua Cheia


O luar desperta um encantamento de apreciação plena
A Lua em sua fase cheia desposta alaranjada sobressaltando do horizonte
Os flashes despontam ao alcance da beleza que se descortina
Uns olham da janela ou por entre as cortinas
Os enamorados fazem promessas onde queriam um quarto sem teto
Fazendo amor a luz da Lua como testemunha
As estrelas cobriria o ato consumado num tapete de luzes
Os lençóis cairiam em festa sublimando a Lua
Os beijos seriam refletidos nas paredes
Dos encontros no firmamento de luares presente

Desnudam dois corpos num instante...

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

ASA QUEBRADA


 


Não voarei mais, minha plumagem estão encharcadas de lamúrias.
Um voo solitário qual águia nas alturas
Não sei se escaparei sem a busca que tanto busquei
Fugindo para o firmamento ao encontro do Sol
Aquecerei este frio que na alma se instala
Não me deixe só, sou um pássaro de asa quebrada.
Meu abrigo será as colinas
Escaparei para o alto mar
Solitário voarei voos não mais dados
Reservarei um canto que será triste puro lamento
Quem sabe um dia a asa restaure
Eu volte a cantar nos campos e em todos os lugares
Encontrando o meu pássaro que deixei voar...

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Emaranhado


Teu corpo no meu
É um sol escaldante
Queima sem queimar
Arde sem ardor
Restaura sem ser restaurador
Composição sem ser compositor
Cria sem ser Criador
Recria sem ser reciclador

O teu corpo me envolve qual novelo de lã
Tece sem ser tecedor
Agasalha sem ser cobertor
Ama-me sem ser Amor...

Teu corpo é abrigo no meu corpo
Sonho de um sonhador
Poesia para um trovador
Versos, prosas e romances.
Que eu gosto de compor...

Num jardim de flores sem aroma


O jardim das esperanças foi devastado
O amor se perde em demasia sofrendo um colapso
Num deserto de desenganos
Flutua além do permitido cravado de espinhos
Abraçando a rosa desfolhando-a em prantos
Respinga na terra gotículas de sangue de seu padecer
Atribulado com seus desatinos
Desmaia pedindo abrigo
Sente o colo da amada num término de dor
Calam-se diante do momento
É o amor fenecendo na forma inaugural
Despedida sem alcances
Num jardim de flores sem aromas
Uma afeição veneno exalando de seu corpo
Uma mutação de cores
Dilaceração de muitos amores...