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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Música

SOLTEI-ME AO VENTO


SOLTEI-ME AO VENTO

COM A BRISA LEVE

SEM MISTÉRIOS

FUI PARA BUSCAR

TRAZER E ENFEITAR

MEU CADERNO DE POESIAS

ENTRE OUTRAS FORMAS

DE POETAR


SÃO LINHAS QUE BORDO

PERMEIAM

EM FILETES DE LUZES

COMANDANTE DE IDEIAS

NAVEGANDO

CONSTRUINDO UM ESBOÇO

PARA NA VOLTA

FAZER-ME POETA

sábado, 12 de março de 2011

Só Nós Dois

AMOR/TECE/DOR



Brincando com as palavras
Surge este AMOR/TECE/DOR
Decifrando o sentido
O amor tece a dor...
Ou a dor tece o amor
Amortece o impacto
Perde a força
Impulso que tece
Muitos ninhos de amor.

Colocarei um amortecedor
Em meu coração
Ficará forte
Contra os solavancos
De um amor sem limites
Dosarei a dor
Tecendo um caminho
Sem impactos e desilusões

Compensarei o amor
Sem a dor prometida
Sutilmente aconchegando
Em meus braços
Tão calado
Suspirando
Uma tese fiel
Amando e tecendo
Sem gerar dor, dissabor

Para os móveis AMORTECEDORES...
Aos amantes TECER O AMOR SEM DORES...

segunda-feira, 7 de março de 2011

DIVAGAÇÃO

Eu soluço enquanto perambulo em agonia de folhas machucadas,

Dorida a desabrochar nos prados.

Incrédula cobre o impossível.

Vou ficar atenuada dos desejos vãos que me ocupam.

Por pura vaidade inventei você tirando-me sons de maneira agreste.

Restringida a mim mesma, tanjo-me para a minha própria interpretação.

Mero amor patético, conforme despacho anexo caiu em exercício findo.

Hei de amar-te como deuses, arranjando flores numa jarra.

A tua postura glacial faz brotar meus impudores

Como gerânios vermelhos em jardineiras de sobrado.

Passado o espanto, debruço-me desnatada, isenta de tributos.

Guarda a tua decência lustrosa antecipatória de orgasmos.

Palmo a palmo.

Para na posse de ti mesmo recenderes a oferenda em oratórios.

De repente, me deparo aguçando os sentidos,

Com coros angélicos e lamparinas a guisa de ensaio.

Prevaleço-me do momento para chorar de fato e de direito a tua falta.

Optei por extraviar-me já que me convém o inabitável...

Até cair em brios.

É a minha pretensão maior colocá-lo no pretérito.

Crio um espaço e me manifesto, prometo que não serei breve.

Que outros anseios se não os que ora tenho

A manter-me pura na selvageria de seu culto?

Deixo em descuido por alamedas juncadas.

Razão, essa coisa incômoda a se instalar.

É um costume um pouco vago e esquecido, ficar na espreita do inacessível.

Não tarda, ocupo inteiro o seu espaço, com meu canto de eleição

Combinações de aromas. Agonizo em altar profano com aparatos.

Torna-se imperiosa ficar extremamente ampla

Esgarçada para abrigar todas as dores sem ranger.

Calei-me pudicamente onde se estabeleceu o vácuo.

Tão real que ao meu lado, transcendendo teme admitir

Remotos nós e nosso pacto de sintonia.

Feito para gozar o imaginário, raízes a mostra ressentidas,

Padecida contorço-me fazendo retinir os sentidos.

Proclamo minha presença, cujos braços abertos pensem

De repente desobrigados da espera.

Sôfrega tonalidade do réu litúrgico.

Para alguém alhures. Saio deste estado letárgico para existir a despeito.

Enternecida, sóbria, quase serena, de ágata muito alva.

A poesia me salvou.