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Quem sou eu
- Sandra Helena Queiróz Silva
- Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.
quinta-feira, 31 de março de 2011
SOLTEI-ME AO VENTO
COM A BRISA LEVE
SEM MISTÉRIOS
FUI PARA BUSCAR
TRAZER E ENFEITAR
MEU CADERNO DE POESIAS
ENTRE OUTRAS FORMAS
DE POETAR
SÃO LINHAS QUE BORDO
PERMEIAM
EM FILETES DE LUZES
COMANDANTE DE IDEIAS
NAVEGANDO
CONSTRUINDO UM ESBOÇO
PARA NA VOLTA
FAZER-ME POETA
sábado, 12 de março de 2011
AMOR/TECE/DOR
Brincando com as palavras
Surge este AMOR/TECE/DOR
Decifrando o sentido
O amor tece a dor...
Ou a dor tece o amor
Amortece o impacto
Perde a força
Impulso que tece
Muitos ninhos de amor.
Colocarei um amortecedor
Em meu coração
Ficará forte
Contra os solavancos
De um amor sem limites
Dosarei a dor
Tecendo um caminho
Sem impactos e desilusões
Compensarei o amor
Sem a dor prometida
Sutilmente aconchegando
Em meus braços
Tão calado
Suspirando
Uma tese fiel
Amando e tecendo
Sem gerar dor, dissabor
Para os móveis AMORTECEDORES...
Aos amantes TECER O AMOR SEM DORES...
segunda-feira, 7 de março de 2011
DIVAGAÇÃO
Eu soluço enquanto perambulo em agonia de folhas machucadas,
Dorida a desabrochar nos prados.
Incrédula cobre o impossível.
Vou ficar atenuada dos desejos vãos que me ocupam.
Por pura vaidade inventei você tirando-me sons de maneira agreste.
Restringida a mim mesma, tanjo-me para a minha própria interpretação.
Mero amor patético, conforme despacho anexo caiu em exercício findo.
Hei de amar-te como deuses, arranjando flores numa jarra.
A tua postura glacial faz brotar meus impudores
Como gerânios vermelhos em jardineiras de sobrado.
Passado o espanto, debruço-me desnatada, isenta de tributos.
Guarda a tua decência lustrosa antecipatória de orgasmos.
Palmo a palmo.
Para na posse de ti mesmo recenderes a oferenda em oratórios.
De repente, me deparo aguçando os sentidos,
Com coros angélicos e lamparinas a guisa de ensaio.
Prevaleço-me do momento para chorar de fato e de direito a tua falta.
Optei por extraviar-me já que me convém o inabitável...
Até cair em brios.
É a minha pretensão maior colocá-lo no pretérito.
Crio um espaço e me manifesto, prometo que não serei breve.
Que outros anseios se não os que ora tenho
A manter-me pura na selvageria de seu culto?
Deixo em descuido por alamedas juncadas.
Razão, essa coisa incômoda a se instalar.
É um costume um pouco vago e esquecido, ficar na espreita do inacessível.
Não tarda, ocupo inteiro o seu espaço, com meu canto de eleição
Combinações de aromas. Agonizo em altar profano com aparatos.
Torna-se imperiosa ficar extremamente ampla
Esgarçada para abrigar todas as dores sem ranger.
Calei-me pudicamente onde se estabeleceu o vácuo.
Tão real que ao meu lado, transcendendo teme admitir
Remotos nós e nosso pacto de sintonia.
Feito para gozar o imaginário, raízes a mostra ressentidas,
Padecida contorço-me fazendo retinir os sentidos.
Proclamo minha presença, cujos braços abertos pensem
De repente desobrigados da espera.
Sôfrega tonalidade do réu litúrgico.
Para alguém alhures. Saio deste estado letárgico para existir a despeito.
Enternecida, sóbria, quase serena, de ágata muito alva.
A poesia me salvou.
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