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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MINHA CIDADE

Créditos foto Sandra Queiróz

Queria minha cidade arborizada
Cheia de vida
Sem ruínas, sem abandono
Solta sobre os mares
Brisa leve do passado
Retornando aos poucos
Para minha cidade...

Ontem, minha cidade
Era valorizada
Um povo mais unido
Em prol do bem-estar de todos
Juventude nas praças
Bairros organizados
Casas pintadas, cuidadas
Num espaço histórico

Hoje, transformaram
Em duas cidades
Uma que carrega o peso das ruínas
Rachaduras e descaso
Outra que cresce
Por mãos que trabalham fora
Fazendo do lugar
Um descanso

Um dia quem sabe...
Terei orgulho de falar
Da minha cidade...
Não pensar, que esta cidade
Faz os seus
Saírem para longe
Refugiar-se onde não queria
Por lá...
Nada tem, nada acontece...
Ou pouco vinga...

 

domingo, 4 de setembro de 2011

musíca / fado


SILENCIO O ECO DO MEU SOLUÇO

VEIO DE UM JEITO
INSTALOU
AQUIETOU
NESTE PEITO 
UM SOLUÇO 
ECOANDO DENTRO D'ALMA
NAS ENCOSTAS DOS CAMINHOS 
PERCORRIDOS PELO SOM
DA VOZ QUE CALEI
SÃO PALAVRAS QUE ESCUTO
PRESAS FEITO LÍQUENES QUE BROTARAM
NOS MÚSCULOS DO CORAÇÃO
 FIOS ENTRELAÇADOS
ECOADOS POR SONS QUE SAEM
DE BOCAS 
QUE FAZEM QUESTÃO DE PISAR
MACHUCAR
DEIXANDO MARCAS
CICATRIZES DE MÁGOAS
QUE INSISTEM FICAR
ENTÃO...
 SILENCIO
O ECO DO MEU SOLUÇO
NOS ABISMOS QUE CRIEI
ATIRANDO
NUM ESPAÇO 
SEM LIMITES E SEM FIM...
PARA QUE O MESMO
SE PERCA
NÃO ENCONTRANDO 
O ECO DO RETORNO
PARA NÃO ATINGIR
AS FIBRAS QUE SEGURAM
O MELHOR DE MIM
COM SUAS LANÇAS
PONTIAGUDAS
PARALISANDO-ME
SILENCIO O ECO DO MEU SOLUÇO

terça-feira, 7 de junho de 2011

Alfonsina Y El Mar - Mercedes Sosa




"Voy a Dormir"
 
Dientes de flores, confía de rocío,

manos de hierbas, tú, nodriza fina,

tenme puestas las sábanas terrosas

y el edredón de musgos escardados.



Voy a dormir, nodriza mía, acuéstame.

Pónme una lámpara a la cabecera,

una constelación, la que te guste,

todas son buenas; bájala un poquito.



Déjame sola: oyes romper los brotes,

te acuna un pie celeste desde arriba

y un pájaro te traza unos compases

para que te olvides. Gracias... Ah, un encargo,

si él llama nuevamente por teléfono

le dices que no insista, que he salido...



 

sábado, 21 de maio de 2011

Quando eu me chamar saudade - Nina Becker (SOM BRASIL - NELSON CAVAQUINHO

QUEM ÉS TU


Quem és Tu
Um espanto
Um pedaço de gente
Com coração de anjo?
Quem és Tu
Que visitas meu aconchego
Dá-me um dengo
Sorri com olhar distante.
Quem és Tu,
Uma prisioneira dos sentidos
Dos mais puros ou impuros?
Conquistas os olhos dos poetas
Contemplas a luz do canto da sala
Pouco dizes ou nada fala.
Quem és Tu...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

RECORTEI E COLEI


Recortei meu passado
Retirei o que era desnecessário
Colei em alguns cantos da memória
Minhas lembranças
Saudades
Vivências
Tudo que sou e trago
Como um recorte da vida
Já colei cacos
Recortei fotografias
Colei novamente por arrependimento
Outras recortaram eliminando momentos
Sentidos e doloridos
Colaria
As inúmeras vezes que insisto
Em lembrar e as mesmas se foram.
Mas está ali
Guardadas a sete chaves
Que certo dia deve recortar
Hoje recorto os momentos
Que passam e colo
Nas paredes internas
Para minha alma ter acalento.
Recortaria e colaria
Até a data presente,
Sendo dividido em vários episódios
O que vivi e o que estou vivendo
Colaria tantas vivências
Que não recortei
Que minha mente insiste deixar
Colada em minhas lembranças

quinta-feira, 31 de março de 2011

Música

SOLTEI-ME AO VENTO


SOLTEI-ME AO VENTO

COM A BRISA LEVE

SEM MISTÉRIOS

FUI PARA BUSCAR

TRAZER E ENFEITAR

MEU CADERNO DE POESIAS

ENTRE OUTRAS FORMAS

DE POETAR


SÃO LINHAS QUE BORDO

PERMEIAM

EM FILETES DE LUZES

COMANDANTE DE IDEIAS

NAVEGANDO

CONSTRUINDO UM ESBOÇO

PARA NA VOLTA

FAZER-ME POETA

sábado, 12 de março de 2011

Só Nós Dois

AMOR/TECE/DOR



Brincando com as palavras
Surge este AMOR/TECE/DOR
Decifrando o sentido
O amor tece a dor...
Ou a dor tece o amor
Amortece o impacto
Perde a força
Impulso que tece
Muitos ninhos de amor.

Colocarei um amortecedor
Em meu coração
Ficará forte
Contra os solavancos
De um amor sem limites
Dosarei a dor
Tecendo um caminho
Sem impactos e desilusões

Compensarei o amor
Sem a dor prometida
Sutilmente aconchegando
Em meus braços
Tão calado
Suspirando
Uma tese fiel
Amando e tecendo
Sem gerar dor, dissabor

Para os móveis AMORTECEDORES...
Aos amantes TECER O AMOR SEM DORES...

segunda-feira, 7 de março de 2011

DIVAGAÇÃO

Eu soluço enquanto perambulo em agonia de folhas machucadas,

Dorida a desabrochar nos prados.

Incrédula cobre o impossível.

Vou ficar atenuada dos desejos vãos que me ocupam.

Por pura vaidade inventei você tirando-me sons de maneira agreste.

Restringida a mim mesma, tanjo-me para a minha própria interpretação.

Mero amor patético, conforme despacho anexo caiu em exercício findo.

Hei de amar-te como deuses, arranjando flores numa jarra.

A tua postura glacial faz brotar meus impudores

Como gerânios vermelhos em jardineiras de sobrado.

Passado o espanto, debruço-me desnatada, isenta de tributos.

Guarda a tua decência lustrosa antecipatória de orgasmos.

Palmo a palmo.

Para na posse de ti mesmo recenderes a oferenda em oratórios.

De repente, me deparo aguçando os sentidos,

Com coros angélicos e lamparinas a guisa de ensaio.

Prevaleço-me do momento para chorar de fato e de direito a tua falta.

Optei por extraviar-me já que me convém o inabitável...

Até cair em brios.

É a minha pretensão maior colocá-lo no pretérito.

Crio um espaço e me manifesto, prometo que não serei breve.

Que outros anseios se não os que ora tenho

A manter-me pura na selvageria de seu culto?

Deixo em descuido por alamedas juncadas.

Razão, essa coisa incômoda a se instalar.

É um costume um pouco vago e esquecido, ficar na espreita do inacessível.

Não tarda, ocupo inteiro o seu espaço, com meu canto de eleição

Combinações de aromas. Agonizo em altar profano com aparatos.

Torna-se imperiosa ficar extremamente ampla

Esgarçada para abrigar todas as dores sem ranger.

Calei-me pudicamente onde se estabeleceu o vácuo.

Tão real que ao meu lado, transcendendo teme admitir

Remotos nós e nosso pacto de sintonia.

Feito para gozar o imaginário, raízes a mostra ressentidas,

Padecida contorço-me fazendo retinir os sentidos.

Proclamo minha presença, cujos braços abertos pensem

De repente desobrigados da espera.

Sôfrega tonalidade do réu litúrgico.

Para alguém alhures. Saio deste estado letárgico para existir a despeito.

Enternecida, sóbria, quase serena, de ágata muito alva.

A poesia me salvou.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ALVORADA - CARTOLA

É NO MAR...



Foto Sandra Queiróz /Barra Velha - SC

O mar e o seu despertar,
Infinitas são suas águas a banhar.
O sol quando desponta
Borda o céu de nuanças
O amanhecer é um reluzir
Presente na natureza
A nos conduzir.

O cheiro do mar penetra no âmago,
Produzem sensações,
Emoções ultrapassando horizontes.
No mar sinto-me em casa
Pertenço a ele da mesma forma
Que pertenço ao Universo.

Mergulho em sua água
Revigorando a vida.
Energia cósmica
De ondas magnéticas,
Benéficas ao ser.

Tem seus limites
Passa limitações.
Mesmo que no mar não mergulhe,
Mas é na praia que engrandece
As recordações.