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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

RISCOS E RABISCOS


Riscos e rabiscos
Passo horas a fazer
São trilhas íngremes
Tento subir ou descer...

Nos rabiscos traço riscos
De amor, paixão, saudade
Desabrocha feita flor
Sem espinho com perfume

Em rabiscos saem riscos
Traduzindo o que sou
De momentos incertos
Na certeza do saber
Sou risco deste rabisco
Aonde irão me ler

Serão simples frases
O que irás entender
Serão complexas
Caso o sentimento não existir
Uniremos vidas
Coração
Entre riscos e rabiscos
Nos momentos
De plena concentração




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ECLIPSE DO AMOR




Sou a única forma de te encontrar
Em períodos tão longos
Na busca do nosso amor.
Um amor igual à Lua e o Sol
Com isso criaram o eclipse
Um momento em que
Ficam frente a frente
Olhando um no outro
Em soluços de adeus
Tão pouco
Muito intenso
Quando olharem
Para o céu
em dias de eclipse total
É a fusão do encontro
Deste grande amor
Entre o desconhecido
Na imensidão do Universo
Quando os olhos são vedados
Curiosamente colocam meios
Espiando este lindo encontro
De arrepiar os pelos
Delirando a alma
Em pleno acordo
Com o momento avistado.
Quantos amores vivem
De eclipses de amor
Relampejam
Em distantes caminhos
Trazendo a saudade
Atalhos estreitos
Difícil de trilhar
Encontram um meio
Tornam-se uma mistura homogênea
Entre dois corpos
Duas almas sentindo a fusão
Misturando paixão
Adoçando com amor
Num instante tão raro
Quanto o eclipse do amor.
Amantes fugindo
No desespero
Ânsia de um novo encontro
Nos atalhos escolhidos
Em nome da plenitude
Encontram-se na amplidão
Da forma mais precisa
No eclipse do amor
Flechando o coração.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BOSQUE DA SABEDORIA(" Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. “) Pitágoras


Fui conduzida para um grande lago cercado por gigantescas árvores, com um imenso silêncio de vozes.
Sobressaindo o canto da natureza.
O sossego do lugar transformou minha mente
A espera do significado do modo tão intenso da minha visão.
Aos poucos comecei a enxergar muito mais além.
Atmosfera suave e limpa formava círculos.
Desloquei-me do local o qual fui conduzida. Começando a grande exploração do lugar.
Atravessei o lago, chegando ao outro lado da margem encontrei crianças brincando monitoradas por jovens.
Debaixo de algumas árvores, sentadas em círculos escutavam histórias, aprendendo e tirando suas dúvidas com os mais sábios, orientando-os para uma longa viagem de ilusão.
Contudo, aprendiam a colocar na prática sua visão teórica das aulas ministradas no Bosque da Sabedoria.
Iniciariam no estágio aprimoramento, formando centenas de grupos com destino certo. Destes grupos iriam formar uma nova Era.
Em suas bagagens muitos dons, tornando-se prodígios no novo mundo que habitariam tendo como a arte, cultura, ciência, humanismo... Uma bandeira de grande progresso.
Causando um espanto e alegria aos olhos dos que previam esta nova fase.
A fase de renovação no âmbito cultural, enraizando segmentos fundamentados na essência do Ser.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ACORDES E MELODIAS


Luz do abajur
Lençóis espalhados
Dois corpos adormecidos
De tanto bailar nas emoções
Atrelados ao corpo
Unidos espiritualmente
Envolvem-se em laços
Do amor a união
Cúmplices desta caminhada
Mãos soltas
Amizade agarrada
Acordam em sintonia
Beijos, carinhos de pura alegria
Bordam nuances
Aromatizam o ambiente
Formam elos fortes
Aprimoram o convívio
No vai e vem do cotidiano
Durante o dia saudades
Depois à noite, intimidade
Adormecendo nos braços
Da felicidade


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

SILÊNCIO I,II,III,IV


SILÊNCIO I

No romper de luzes
Matizes e arabescos
Bordando o céu de lilás
No meu silêncio
Silencio em momentos de paz
Minha natureza de ser quieta
Sossegada num canto qualquer
Que tenha luz e muita paz
No silêncio a escrita faz morada
No papel vai surgindo poesia
No silêncio mora minha alma

SILÊNCIO II

Neste outro silêncio
Silencio momentos de vida
Foram surpresas que ativaram
Meu mundo constante de elevação
Para não sucumbir
O que queriam de mim
Deixei em silêncio
Dentro do peito
Diante de um punhal gravado
Minha bela oração
De esperança
Fé e comunhão

SILÊNCIO III

Diante de tanto silêncio
Silenciou corações perversos
Visualizando as luzes
Que contornam meu Ser
Harmonia palavra-chave
Derrubando os olhos de maldade
Não fui derrubada
Os arcanjos em sinfonia
Derramaram sobre mim
A elevação em pleno dia
Fui elevada

SILÊNCIO IV

Termino meu silêncio a descrição
De momentos que vivo
Interiorizei-me diante de tudo
Capacitei minha alma e áurea
Feito vaga-lume, iluminando
Vagando muitas vezes em plena escuridão
Consciente das luzes que em volta
Contornam o invólucro denso e pesado
Que carrego sobre minhas costas
Não deixo em silêncio de agradecer
Ao Pai da Criação



UM FEIXE DE LUZ



Senti minha alma gelar, congelava meu corpo
Adormecia meus sentidos
Fiquei perplexa, sem medo
Esperando o desfeche dos calafrios
Pensei,
São bons, ruins
Enfim...
Sou um canal... Canalizei o que estava por vir.
Sentei, orei
Esperando a mensagem surgir.
Idéias brotavam, sumiam.
Ao mesmo tempo refletia sobre o gelo que sentia
Fitei ao longe, muito longe...
Entendendo o grande frio do momento
O calor não fez parte de um elo perdido, suspenso no abismo
Sentia o frio dos sentimentos esquecidos
Repartidos em ganância, sentimentos destrutivos e maldosos
O calor do meu pensamento foi imediatista
Do gelo proporcionado ao ambiente
Conseguindo tirar aos poucos
O desespero, tornando-o um aconchego
Da angústia um breve alívio
Da grande tristeza, imensas saudades
Recomecei novamente, com a mente flutuando em flores
Banhadas em bálsamos de amor
Guiada por feixe de luzes
No final duas almas aquecidas
Entorpecidas, do encontro inesperado
São os murmúrios da alma
Clamando, chorando
Por mãos-escada, tirando-lhes dos abismos
Que em vida não enxergavam

sábado, 13 de fevereiro de 2010

NESTA DATA


Há alguns anos vi tua partida.
Partindo tão rápido, sem ter tempo para um adeus.
Deus nos poupou das despedidas e fez da tua partida uma data jamais esquecida.
Quando partistes das angústias vividas, liberta da túnica humana
Seguistes viagem ao longe...
A esfera cristalina dos valores esperavam tua chegada.
Brindaram com taças balsâmicas, banharam teu corpo retirando das entranhas
O que nele trazias.
Adormecestes refazendo tuas energias.
Bem sei do conforto que hoje sentes,trabalhando,ajudando e praticando a caridade,
Bandeira única que carregava por onde passavas.
Sua trajetória, como é boa lembrar.
Desta irmã amiga, sem limites de dar amor, fazer a caridade, mostrar e ensinar a verdade.
Mas, o destino rompeu elos, desatou nós.
Unidas estamos, mas, o véu do mistério não me deixa ver. Apenas sentir.
Queria neste momento lhe dar um abraço, um beijo, mas o faço em forma de pensamento,sei que sentes também.
Sinto teu calor a me rondar, tuas mãos a me afagar, teu perfume exalas
Quando me encontro em solidão.
Sou tua parte neste mundo que pisastes que partistes,mas que deixastes SAUDADES.

Foto: minha irmã Thereza (in memoriam 13/02/2022)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

VEM...


Vem...
Afaga meus cabelos
Deixarei soltos
Sentirás a maciez
Toca-me

Vem...
Neste desatino
Enlouquece minha pele
Sussurra em meus ouvidos
Palavras descentes
Indecentes
Torno-me uma estrela cadente

Vem...
Desbravaremos o Universo
Farei lindos versos
Deitada lado a lado
Descortinando a beleza
Deste mundo encantado

Vem...
Ficar perto
Diminui a distancia
Dominadora da saudade
Sufocando meus gemidos
Desata os nós
Que carrego em meus sentidos

Vem...
Leva-me contigo
Faça-me teu abrigo
Da forma desejada
Liberta este querer
Rompendo elos
Por favor
Vem...
Meu amor

CASULOS DE AMOR


Rumo ao teu coração
Viajo nas tuas mãos
Embalamos este amor
Em plena sedução

Os relógios param
Por vários minutos
Acelera o ritmo em compassos
Bem marcados

Esta magia paira no ar
O meu corpo é tua morada
Abriga teu corpo no meu
Somos casulos de amor

Presos ao fio da vida
No ato consumado
Transformados em borboletas
Voamos ao paraíso
Vôos livres e libertos
De amor repleto

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CARNAVAL... SÓ EU SEI...


A folia mal começou meu corpo se agita
Não pensem que é para dançar marchinhas
Nem desfilar nas grandes Escolas de Samba
Falo dos meus hormônios foliões
Não imaginava que seria esta folia em meu corpo
Suo da mesma forma
Caso fosse madrinha de bateria
Um calor de verão cobrindo meu rosto
Suando as mãos
Nas costas o calor sua até a nuca
Escutei muito falar da tal Menopausa
Nossa queria uma pausa
É de tirar o fôlego de tanto abanar
Todos os dias faz ensaio na minha quadra
O reboliço é grande
Veio em uma época propícia
Sem fantasia
Sem cerveja
No ritmo frenético de um samba cadente
Na mão um leque
Um corpo ardente

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Musica Tibetana Budista - Happiness Is - por Singer Yungchen Lhamo

Yungchen o nome foi dado a ela por um lama tibetano quando ela era um bebê e traduz como "Deusa da Melody e Canção"

O CHAMADO


Escuto um canto, vem de longe.
Minha mente sossega, transportando-me a uma distancia não definida.
As vozes suaves, melodia de anjos, arcanjos
Acompanhada de tantos, o som vibra das tigelas e sinos tibetanos
A música levita... Meu corpo segue junto, pois tudo na Terra pulsa e tem vida
Em plena meditação dos adeptos, energizados por mãos e vozes
Afagadoras de carinho escutam as aflições da alma
Curam a partir do momento que recebo os fluídos magnéticos da Grande Esfera
Na minha direção crianças volitam a brincar, seguram em minhas mãos
Ajudando-me a retirar o peso carnal
Volitando começo a descobrir a beleza do mundo que me cerca
Possibilitando minha escrita.
Este mundo é cercado de luzes, vozes, alegria, harmonia muita paz
Um encontro inesperado vindo ao longe, em um segundo sentando ao meu lado
Começa uma longa conversa de conselhos, aprendizado
Estou sentada ao lado de um Lama
Seguindo trilhas, plantando sorrisos, curando feridas abertas, estacando hemorragias de tantas vidas trazidas.
Falou-me baixinho: Quando meditas o teu Ser transmuta a linha do ser e do saber.
É um elo que desprende permanecendo solto, seguro por linhas divisórias protegidas pela gravidade estabilizadora da mente consciente em trabalho contínuo
Contínuo tem que ser para evoluir
Estagnada é referencial de águas paradas.
Quem consegue viajar além corpo, vislumbram aldeias, grupos, vilas enfim...
Acolhida serás nas andanças do caminho oculto. Prestando serviço gratuito aos homens pobres de luz, ricos de humildade. Teu caminhar passa por vários estágios.
O escrever é momentâneo, não vem de ti
São conduzidas por becos, alamedas, veredas tomadas por incertas linhas, escadas galgadas, outras despencadas na missão da tua bagagem trazida.
É um estrangeiro por onde passares, muitos entenderam a tua língua, outros muito pouco escutaram
Teu caminhar não para aqui, você é um mensageiro do Universo que cada qual quer expor por tuas mãos, alojando no coração o perfume de cada alma.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O TEMPO SENHOR DA VERDADE


Um terreno
Uma casa
Terra fértil
Dividida em partes
Cada qual com seu lugar predestinado
Com flores
Animais
Frutas
Lazer
Vida tranquila
Morando com a Natureza
Vizinhos
Flora e Fauna
Fim de tarde
A beleza cerca
O lindo lugar
Medito
Diante do que avistava
Pensei no tempo
Frase que escuto
Escutei
O tempo é senhor
Da verdade
Verdade
O lugar comparado
Mostra o significado
Da frase
O espaço demarcado
Dividido ao meio
Plantando de um lado
Espinhos
Do outro lado
Árvores frutíferas
Esperando o tempo
Certo para colher
Entendi a comparação feita
O senhor da verdade
Sendo o tempo
A plantação tem que ter
Seu tempo
Colher frutos
O lado oposto
Improdutivo
Entremeados
De espinhos
Ferindo
Gravando
Muitas vezes
Sangrando
Perdendo o precioso
Tempo de colher.