O céu escurece,as nuvens tornam-se
cada vez mais cinzas.
Os primeiros relâmpagos
rasgam o horizonte perdido.
Os primeiros pingos caem brutalmente,
ferindo a terra em sua fúria
selvagem.
Protegido pelo vento,
que varre impiedosamente
despindo as árvores
que se debatem.
Nesta sincronia louca,
o espetáculo é tenebroso e
lindo ao mesmo tempo.
Tudo devasta e devassa,
numa ânsia louca,
uma enxurrada se forma,
os entulhos acumulam,
a rua inunda,
a chuva cessa,
as águas dançam,represadas
num canto sem saída.